Também conhecido pelos nomes de civeta africana, nandína, gato da algália, gato almiscarado, e gato lagária, a lagaia não é uma espécie endémica santomense. Porém, diferente do que é a nível global, esta espécie está ameaçada no país.
Fig.1 - Jovem lagaia em S.T.P.
O seu peso varia entre 7 a 20 Kg, possui pelagem negra com manchas claras e uma dorsal que se eriça quando esta se sente ameaçada.
É um animal essencialmente nocturno, e embora o seu habitat natural seja florestas tropicais, principalmente de tipo secundário (florestas derivadas de terrenos de cultivo abandonadas), muitas vezes sai à noite às povoações à procura de alimentos. Vive solitário nas florestas e passa o dia em buracos cavados no solo ou nas tocas que foram abandonadas por outros animais. Caça pequenos mamíferos (ex: ratos), serpentes, sapos, insectos e aves.
A lagaia é uma espécie pouco estudada em S.T.P., e isto deve-se principalmente ao facto de ser um animal esquivo, nocturno, e discreto, factores estes que apesar de tudo não impedem a sua caça.
A sua pelagem bela e farta muitas vezes custa-lhe a vida. É bastante procurada pela característica atrás citada, e pela suposta qualidade da sua carne, sendo que muitas vezes morre acidentalmente atropelada durante durante os seus percursos nocturnos.
O animal tem um grande valor cultural em S. Tomé e Príncipe, sendo mencionado pelos artistas locais sendo mencionado pelos artistas nos seus trabalhos.
Fig.2 - Venda de pele de lagaia
No arquipélago é, tal como no resto do mundo, conhecida pelo seu cheiro acre e intenso característico. A lagaia usa a sua secreção para marcar território e locais onde encontra alimento.
Ironicamente, este cheiro, normalmente evitado pelos santomenses, é uma substância apreciada mundialmente pelo seu exotismo e utiliza nas indústrias de perfume.
Os mamíferos carnívoros são animais que, regra geral, ocupam o topo da cadeia alimentar, sendo de grande importância para o equilíbrio dos ecossistemas. Com a lagia não é diferente. Caso diminuísse drasticamente o seu número de indivíduos nos ecossistemas santomenses, a população de ratos e outros pequenos mamíferos aumentaria, dada a inexistência de um predador natural que regulasse o seu crescimento populacional.
Verifica-se que grandes medidas não têm sido tomadas para reduzir o índice de mortalidade do animal, até porque aficialmente pouco se sabe sobre a situação do civectitis civetta, lagaia, em S.T.P., deste modo, estamos cá, lutando para proteger este animal tão importante que tem passado ao lado dos olhos dos sntomenses.
Proteja a lagaia, Não se mata o que se conhece.